JORGE FERNANDES DE OLIVEIRA, natural de Natal-RN, nascido a 22 de agosto de 1887 e faleceu em sua terra natal no dia 17 de julho de 1953. Autodidata, funcionário público, jornalista, poeta, destacou-se como pioneiro do movimento modernista do Estado do Rio Grande do Norte. É considerado um dos precursores da poesia moderna no Brasil. Jorge Fernandes com seu "LIVRO DE POEMAS", de versos modernos, editado em 1927.
“A poesia, no Rio Grande do Norte, apresenta dois momentos culturais da maior plenitude literária e (anti) literária: a publicação do Livro de poemas, de Jorge Fernandes, em 1927, e o lançamento local da poesia concreta, em 1966, com o seu posterior desdobramento no poema/processo. (...) no espaço literatizante inaugurado por Jorge Fernandes, levantar a problemática da vanguarda, ou seja, da poesia (abstração: sentimento) ao poema (concreção: fisicalidade).” Moacy Cirne
“O poema jorgiano contém, em seu bojo, a simbolização onomatopaica (vide Manhecença..., Briga do teju e a cobra, Viva o sol!...Tetéu, etc.), o recurso caligramatizante (Rede), o espaçamento verbal (Tetéu), a metacrítica ao parnasianismo. No meio de tanta versalhada, que então se publicava, o nome de Jorge Fernandes — cuja poesia, até 1959/1960, ainda seria bastante atual — é um monumento literário. Nas palavras de Mário de Andrade, seuLivro de poemas conserva uma memória guardada nos músculos, nos nervos, no estômago, nos olhos, das coisas que viveu”” Moacy Cirne em A POESIA E O POEMA DO RIO GRANDE DO NORTE. Natal: Fundação José Augusto, 1979.